Arquivo para agosto, 2006

Real-Ideal

Posted in Sem categoria on 15 de agosto de 2006 by Dmítri Cerboncini Fernandes


Duro nesse mundo de hoje é buscar qualquer ideal. Nietzsche estaria feliz com isso? Batia-se contra a moral que provém do mundo das idéias, do “verdadeiro”, segundo Platão. Mas e hoje? As idéias estão esgotadas, não há transcendência, a moral é a do cartão de crédito: “porque a vida é agora”. Creio que não era esse o ponto…
Mas convenhamos: ainda que encontremos uma idéia e tentemos nos guiar por ela, será possível uma atitude coerente nesse mundo sem ideais? Ou seja, é possível agir sem se prostituir pelo existente, desempenhar uma “ação com relação a valores”, levando-a até suas últimas consequências?
Minha questão é: até o próprio Nietzsche, de seu jeito, foi coerente.; levou até as últimas consequências suas idéias, ainda que tenha se perturbado a ponto de morrer louco. O que ele tinha em mente, o que ele pregou, a normatividade de sua moral sem Moral, não era também um ideal? O que ele viveu, não foi levado pelo “seu” ideal, considerando essa palavra como designadora de um projeto que, de uma maneira ou de outra, se antepõe ao “real”? Ou ele velava por uma crueza absoluta anti-filosófica, da vida pastando carne e não “elevando” o pensamento e decorrentemente contrapondo-o ao “real”?
Coisa que os pós-modernos de araque, seus filhinhos medíocres (ele não imaginaria que também teria seguidores…), não conseguem enxergar.

Natureza Morta

Posted in Sem categoria on 8 de agosto de 2006 by Dmítri Cerboncini Fernandes

Anônimo…

Posted in Sem categoria on 4 de agosto de 2006 by Dmítri Cerboncini Fernandes

Parabéns por se preocupar em debater idéias em alto nível.

“Desconfiar de seus próprios pensamentos, de suas próprias angústias, de seus próprios anseios, verificando o que é seu de fato e não…”Sociologicamente penso que esta idéia seria problemática…O que é que podemos dizer que seria “de fato” meu ou não? Voce nao sentiria nisso um cheiro da velhas oposições que estudamos… “Dentro” e “fora”??? Os anseios, as angústias surgem e se remetem para ou outros, para o conjunto de nossas relações… Como que estas angústias poderiam ser “minhas”…O pertencimento é mais uma das ilusões do “homo clausus”…O que acha?

Concordo em partes com você. “O que é seu de fato ou não” neste sentido remete-se mais à questão da mera reprodução imediata das estruturas do mundo em que estamos inseridos do que à questão sociológica externo-interno. Mais para Adorno do que para Bourdieu.

As angústias também são um fato social, não discordo. Estão espraiadas pelo sistema desumano em que vivemos. O grande mistério é: como se dá este “surgimento”? Será que aí não reside algo que pode nos falar sobre a individualidade “de fato”? Duas pessoas com trajetórias individuais semelhantes, expostas exatamente às mesmas situações externas, reagirão exatamente da mesma maneira? Tem alguma coisa que está sendo ignorada pela sociologia, tenho a leve impressão. É isso que está agora me inquietando.
Abraço e te espero por aqui.

Condição Pós-Moderna

Posted in Sem categoria on 1 de agosto de 2006 by Dmítri Cerboncini Fernandes
Deus está morto,
Marx está morto,
Nietzsche está morto,
Eu não estou me sentindo muito bem…