Algumas verdades bastam por si só, não há necessidade de comprovação empírica (e nem de não-comprovação). Caso típico da existência ou não de Deus.
A ciência parte do fato consumado da não-existência. Não deixa de ser um dogma, uma ideologia que reflete os valores da sociedade da qual tal ciência é fruto e produtora dessas verdades lógico-temporais.
D’outra parte, há religiosos que tomam a existência de Deus como uma verdade a não ser testada.
Kant, há dois séculos atrás, demonstrou a impossiblidade de realização empírica das duas opções.
Do nosso lado, importa que essas duas afirmações expressam as posições sociais e os interesses dos grupos em questão. As verdades produzidas em meios díspares, como no acadêmico e no religioso, estão embasadas em a prioris impossíveis de serem comprovados e que no entanto são tomadas como inquestionáveis.
Se todos deixassem de lado tais pretensões universais teriam muito a ganhar em seus domínios…